A China se prepara para lançar, ainda neste mês, a sonda não tripulada Tianwen 2, que tem como objetivo realizar a primeira missão do país para coletar e trazer à Terra amostras de um asteroide. A informação foi divulgada pela istração Espacial Nacional da China e pelo jornal estatal China Daily.
A sonda, composta por um orbitador e um módulo de reentrada, foi transportada neste domingo (18) para a área de preparação de lançamento no centro espacial de Xichang, na província de Sichuan. Segundo autoridades chinesas, serão feitas verificações técnicas e abastecimento final antes da decolagem. O lançamento está previsto para ocorrer até o fim de maio, embora uma data específica ainda não tenha sido anunciada.
O alvo da missão será o asteroide 2016 HO3, também conhecido como 469219 Kamo'oalewa. Apesar de orbitar o Sol, e não a Terra, ele é considerado o asteroide mais próximo do nosso planeta já identificado, além de ser um dos menores.
O plano da missão é que a Tianwen 2 entre em órbita ao redor do asteroide e, após meses de observação, se aproxime o suficiente para coletar amostras da superfície com um braço robótico. Posteriormente, a sonda voltará à órbita terrestre e liberará o módulo de reentrada, que trará o material coletado de volta ao planeta.
Descoberto em 2016 por um telescópio no Observatório de Haleakala, no Havaí, o Kamo'oalewa pode guardar informações valiosas sobre a origem e a evolução do sistema solar.
O programa espacial chinês tem avançado rapidamente. A China já pousou a sonda Chang'e 4 no lado oculto da Lua — feito inédito até então — e se tornou o terceiro país do mundo a chegar a Marte, depois dos Estados Unidos e da antiga União Soviética. Atualmente, também mantém em operação sua própria estação espacial, a Tiangong, que deve permanecer ativa por cerca de uma década e pode se tornar a única em operação após a aposentadoria da Estação Espacial Internacional (ISS), prevista para 2030. A China é excluída da ISS por questões políticas e militares.
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