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Número de jovens com doenças inflamatórias intestinais cresce no Brasil

Professor de Farmácia alerta para sinais da retocolite ulcerativa e da doença de Crohn, que afetam cada vez mais adultos jovens no país

Número de jovens com doenças inflamatórias intestinais cresce no Brasil

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Rafael Damas
22/05/2025 19:00 ‧ há 9 horas por Rafael Damas

Lifestyle

Saúde

No mês de conscientização sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), o Maio Roxo chama atenção para um problema de saúde crônico que tem impactado diretamente a qualidade e expectativa de vida de milhares de pacientes. As DIIs afetam uma proporção substancial de pessoas no mundo, nos Estado Unidos são mais de 2,3 Milhões de pacientes, segundo a Associação Brasileira de Colite e Doença de Crohn (ABCD), mais de 10 mil novos casos são diagnosticados por ano no Brasil, número que tende a crescer, principalmente entre adultos de 20 e 40 anos. 

 

Essas doenças, que incluem principalmente a retocolite ulcerativa, doença de Crohn e colite intermediária, são crônicas e afetam o trato gastrointestinal, provocando sintomas como dor abdominal recorrente, diarreia frequente, sangramento nas fezes, perda de peso e fadiga intensa. Além desses sinais mais conhecidos, outros sintomas menos associados às DIIs, como aftas orais, dores nas articulações, febres persistentes e lesões na pele, também podem estar presentes e dificultar o diagnóstico. 

De acordo com o professor do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera, Reinaldo Cordeiro, o diagnóstico precoce é fundamental para garantir mais qualidade e expectativa de vida aos pacientes. “A dor abdominal constante não deve ser ignorada ou atribuída apenas ao estresse ou cólicas. Quando associada a alterações intestinais persistentes, como evacuações frequentes, desconforto abdominal por mais de duas semanas ou sangue nas fezes, é essencial buscar avaliação médica. Os sinais corporais merecem atenção imediata, a investigação precoce é fundamental.” 

Ainda segundo o professor, apesar de não terem cura, as DIIs podem ser controladas com acompanhamento médico, uso de medicamentos como imunossupressores, biológicos entre outros, alimentação adequada e exercícios físicos, em alguns casos, intervenções cirúrgicas. “O grande desafio é que os sintomas são muitas vezes confundidos com outras condições, como síndrome do intestino irritável, intolerâncias alimentares ou cólicas. Por isso, é essencial procurar profissionais qualificados e realizar exames específicos”, orienta. 

O impacto na vida dos pacientes vai além do físico. As DIIs afetam diretamente o rendimento nos estudos, no trabalho e até mesmo nas relações pessoais. “É comum o paciente conviver com idas frequentes ao banheiro, dores incapacitantes e restrições alimentares severas. Isso afeta a autoestima e o convívio social. A promoção de um diálogo mais frequente sobre estas condições é crucial para a erradicação de tabus e a implementação de um sistema de apoio mais eficaz aos pacientes”, completa o especialista. 

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